A Universidade Federal do Piauí (UFPI), em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), está conduzindo uma pesquisa de grande relevância para o patrimônio cultural do Brasil. O foco dessa pesquisa é o registro dos batuques das comunidades negras e quilombolas do interior do Piauí. Esses ritmos e manifestações culturais são considerados um bem de referência cultural e desempenham um papel fundamental na afirmação de identidade desses povos.
Aqui estão os aspectos mais relevantes dessa pesquisa:
Objetivo e Parceria: A pesquisa visa documentar e preservar os batuques, reconhecendo-os como Patrimônio Cultural do Brasil. A parceria entre a UFPI e o Iphan resultou em um Termo de Execução Descentralizada (TED), com um investimento total de R$ 300 mil.
Equipe Multidisciplinar: Um grupo de especialistas, incluindo antropólogos, etnomusicólogos e historiadores, está conduzindo a pesquisa. Além disso, pesquisadores locais das seis comunidades quilombolas envolvidas também contribuem para o projeto.
Processo de Registro: O estudo segue três níveis de aproximação: levantamento preliminar, identificação e documentação. Os batuques já foram objeto de vídeos, documentários e curta-metragens, mas agora a pesquisa etnográfica aprofundada está em andamento.
Significado Cultural: Os batuques são formas de resistência cotidianas, manifestações culturais e religiosas. Eles têm raízes complexas, com influências das culturas africanas e crioulas.
Aprovação Final: A última etapa é a aprovação do registro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Essa pesquisa representa um esforço significativo para preservar e valorizar a riqueza cultural das comunidades quilombolas do Piauí. O registro oficial será um marco importante na história dessas tradições vibrantes e resilientes.
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